«Nossos avós sentimentais associavam seus prazeres e seus pesares à imagem de uma folha ou de uma flor: abrimos por acaso algum livro antigamente lido e amado, e o vento leva de dentro dele velhos amores-perfeitos reduzidos a uma seda tão seca e tão leve; folhas de roseira finamente distendidas; violetas que são apenas uma cinza ainda imobilizada...
Oh, os nossos avós deixaram seus amores entrelaçados em monogramas pelos troncos de outrora; e ainda hoje há grandes árvores admiradas da mão que lhes vai gravando coração, flechas, iniciais, com uma suave preserverança - e os jardins ficam de braços tatuados, com o sopro da tarde secando suas poéticas feridas...»
Cecília Meireles
Oh, os nossos avós deixaram seus amores entrelaçados em monogramas pelos troncos de outrora; e ainda hoje há grandes árvores admiradas da mão que lhes vai gravando coração, flechas, iniciais, com uma suave preserverança - e os jardins ficam de braços tatuados, com o sopro da tarde secando suas poéticas feridas...»
Cecília Meireles
Sem comentários:
Enviar um comentário