segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Medidores de tempo



De todas as cores e feitios eles conduzem a nossa vida,
ao sabor do tempo.

Fonte:http://www.toxel.com

o sol sempre volta a brilhar


Por muito grande que seja a tormenta,
o sol sempre volta a brilhar
por entre as nuvens

domingo, 30 de agosto de 2009

Pergunto …


Pergunto o que é o segredo da vida, se
é que a vida tem algum segredo. Pelo
menos, quando se pergunta, é porque se
sabe que nem tudo se pode saber.

Mas quando não encontro resposta para
isso, e só as frases cortadas a meio insistem
em dar-me certezas, ponho em dúvida que
a vida tenha segredos para quem vive.

Ando à volta com o que sei e o que
não sei quando pergunto que segredo
tem a vida. Para além das árvores, para
cá do rio, o que interessa é o que não se vê.

Mas pode ser que não se precise de
perguntas para viver. Faço o que tem de ser,
sem responder, e sei o que faço, sem
perguntar, para este segredo revelar.

Nuno Júdice

sábado, 29 de agosto de 2009

...não sou o único


Imagine que não existe céu
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
E acima apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje


Talvez você diga que eu sou um sonhador
Mas não sou o único
Desejo que um dia você se junte a nós
E o mundo, então, será como um só

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

...na nossa recordação




A morte não nos rouba os seres amados. Pelo contrário,
guarda-os e imortaliza-os na nossa recordação.
A vida sim, é que no-los rouba muitas vezes e definitivamente.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Caminhada


Tua caminhada ainda não terminou...
A realidade acolhe-te dizendo que pela frente
o horizonte da vida
necessita de tuas palavras e do teu silêncio.
Se amanhã sentires saudades, lembra-te da fantasia e sonha com tua próxima victória.
Victória que todas as armas do mundo jamais conseguirão obter,
porque é uma victória que surge da paz e não do ressentimento.
É certo que irás encontrar situações tempestuosas novamente,
mas haverá sempre o lado bom da chuva que cai e não a faceta do raio que destrói.
Se não consegues entender que o céu deve estar dentro de ti,
é inútil buscá-lo acima das nuvens e ao lado das estrelas.
Por mais que tenhas errado e erres, para ti haverá sempre esperança, enquanto te envergonhares de teus erros.
Tu és jovem. Atender a quem te chama é belo,
lutar por quem te rejeita é quase chegar a perfeição.
A juventude precisa de sonhos e nutrir-se de lembranças,
assim como o leito dos rios precisa da água que rola e o coração necessita de afecto.

Charles Chaplin

Um livro...



Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive.


Padre António Vieira

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aprendemos a amar



Aprendemos a amar não quando encontramos a pessoa perfeita, mas quando conseguimos ver de maneira perfeita uma pessoa imperfeita.

Sam Keen

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Poema para Galileu


Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano,
aquele teu retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.
(Não, não, Galileo! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios.)
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.

Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria…
Eu sei… eu sei…
As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileo Galilei!

Olha. Sabes? Lá em Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.

Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar- que disparate, Galileo!
- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação-
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.

Pois não é evidente, Galileo?
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?
Esta era a inteligência que Deus nos deu.

Estava agora a lembrar-me, Galileo,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente
um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.
Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se tivesse tornado num perigo
para a Humanidade
e para a Civilização.
Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.

Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas- parece-me que estou a vê-las -,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.
E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
à meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e descrevias
para eterna perdição da tua alma.
Ai Galileo!
Mal sabem os teus doutos juízes, grandes senhores deste pequeno mundo
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,
andavam a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileo Galilei.

Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto incessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa do quadrado dos tempos.

António Gedeão

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

em redor é tudo teu...



Cantas.
E fica a vida suspensa.
É como se um rio cantasse:
em redor é tudo teu;
mas quando cessa o teu canto
o silêncio é todo meu.

Eugénio de Andrade


terça-feira, 11 de agosto de 2009

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

domingo, 9 de agosto de 2009

...mas do que somos


A felicidade é interior, não exterior;
portanto, não depende do que
temos, mas do que somos.

sábado, 8 de agosto de 2009

Origami


Animais que valem muitos dólares!!!!!

Do site:www.toxel.com

Aprendi que...


Aprendi que...
quanto menos
tempo se desperdiça...
mais coisas posso fazer.

Canção da semana

sexta-feira, 7 de agosto de 2009


O sofrimento pode não existir.
Ele é algo que aprendemos a sentir dentro de uma situação que contraria a nossa vontade.
A situação existe, mas sofrer dentro dela pode ser escolha nossa.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Agapantos I

Agapanthus Africanus,
vulgarmente conhecidos por Agapantos, Lírios Africanos ou Lírios do Nilo de cor branca ou azul.
Difícil a escolha.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Agapantos


Agapanthua Africanus

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

a Menina do Mar...


Bom-dia - disse o rapaz. E ajoelhou-se na água, em frente da Menina do Mar.
-Trago-te aqui uma flor da terra - disse; chama-se uma rosa.
- É linda, é linda - disse a Menina do Mar, dando palmas de alegria e correndo e saltando em roda da rosa.
- Respira o seu cheiro para veres como é perfumada.
A Menina pôs a sua cabeça dentro do cálice da rosa e respirou longamente.
Depois levantou a cabeça e disse suspirando:
- É um perfume maravilhoso. No mar não há nenhum perfume assim. Mas estou tonta e um bocadinho triste. As coisas da terra são esquisitas. São diferentes das coisas do mar. No mar há monstros e perigos, mas as coisas bonitas são alegres. Na terra há tristeza dentro das coisas bonitas.
- Isso é por causa da saudade - disse o rapaz.
- Mas o que é a saudade? - perguntou a Menina do Mar.
- A saudade é a tristeza que fica em nós quando as coisas de que gostamos se vão embora.
- Ai! -suspirou a Menina do Mar olhando para a Terra. Porque é que me mostraste a rosa? Agora estou com vontade de chorar.

Sophia de Mello Breyner Andresen