Nesta flor sem fruto que aspiramos
Eu vejo coisas que ninguém descobre:
Vejo a raiz, o caule, os ramos
Vejo até o sulfato de cobre.
E vejo coisas que ninguém mais vê:
Vejo a flor a desenhar-se em fruto
E quer ela o dê ou o não dê
É esse o fim por que luto.
Antero de Abreu
Eu vejo coisas que ninguém descobre:
Vejo a raiz, o caule, os ramos
Vejo até o sulfato de cobre.
E vejo coisas que ninguém mais vê:
Vejo a flor a desenhar-se em fruto
E quer ela o dê ou o não dê
É esse o fim por que luto.
Antero de Abreu
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